
Jornal GGN – A viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, Julia Mello Lotufo, apontou aos procuradores do Ministério Público do Rio de Janeiro, onde negocia uma delação premiada, quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018. Após três anos e quatro meses da tragédia, o crime continua sem repostas. A informação é da revista Veja.
A viúva passa por regime de prisão domiciliar e usa tornozeleira eletrônica, por isso propôs a colaboração a fim de conseguir a revogação das medidas restritivas. Sendo assim, de acordo com a reportagem, Lotufo contou aos procuradores sobre a participação de Adriano “em diversos homicídios encomendados pela contravenção e listado agentes públicos que receberam propina para acobertar os crimes do miliciano”.
Segundo a viúva, o ex-marido não participou do assassinato de Marielle e Anderson, mas afirmou que o crime foi ordenado pelo alto-comando da milícia que atua na comunidade Gardênia Azul.
Segundo ela, milicianos chegaram a procurar Adriano para encomendar a morte da vereadora, mas o ex-capitão teria considerado a ideia absurda e arriscada, por envolver uma parlamentar.
Os criminosos chegaram a alegar que a atuação da vereadora estaria colocando em risco os negócios da milícia não só em Gardênia Azul, mas também em Rio das Pedras.
Tempos depois, Adriano teria sido surpreendido com a notícia do crime e chegou a cobrar satisfações de comparsas de Rio das Pedras sobre a ação e, assim, teria ouvido que a ordem partiu dos chefes da Gardênia Azul.
A reportagem ainda destacou que um dos chefes da milícia de Gardênia Azul é o ex-vereador Cristiano Girão. Em setembro passado, a Polícia Civil e o MP realizaram busca e apreensão em endereços de Girão e de pessoas ligadas ao PM reformado Ronnie Lessa, preso por participação no assassinato da vereadora.
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