A votação do relatório da denúncia contra Temer
Votaram contra o parecer de Zveiter 40 deputados. A favor, 25. Houve uma abstenção.
>> Saiba ao final desta reportagem como votou cada deputado da CCJ
Mesmo com a rejeição do parecer pela continuidade da denúncia, o
plenário da Câmara terá de dar a palavra final sobre o prosseguimento do
caso.
Dessa forma, a CCJ terá de aprovar um parecer pela rejeição da denúncia. É esse relatório que irá pelo plenário da Câmara.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/o/A/e4jj9WS3CRWCBkZ29RBQ/votacao-ccj.jpg)
Painel da votação da CCJ de parecer sobre denúncia de Temer (Foto: Reprodução/TV Câmara)
É possível que o novo texto, do deputado Pauko Abi-Ackel (PSDB-MG), seja votado ainda nesta quinta na CCJ, liberando a denúncia para votação em plenário.
O novo parecer será lido, mas não será permitido novo pedido de vista
(mais tempo para análise) nem nova discussão. Haverá nova orientação de
bancada e nova votação nominal, nos mesmos termos da votação anterior.
Em seguida, o relatório vencedor será enviado para a análise do plenário.
Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado pela PGR pelo crime de corrupção passiva. Para o presidente, a denúncia é uma "injustiça que se faz com o Brasil".
Por se tratar do presidente da República, a denúncia só terá
continuidade no Supremo Tribunal Federal (STF) se tiver autorização da
Câmara.
Trocas na CCJ
Com o objetivo de derrotar o parecer de Zveiter na comissão, partidos
aliados ao Palácio do Planalto fizeram, desde que a denúncia chegou à
Câmara, 26 remanejamentos entre os integrantes do colegiado,
substituindo deputados que haviam indicado voto contra Michel Temer.
O troca-troca gerou protestos e críticas por parte da oposição e de parlamentares dissidentes da base.
Nessa estratégia, vários deputados da base aliada que tinham se
inscrito para discursar na CCJ durante as sessões destas quarta e quinta
não se pronunciaram ou usaram menos tempo a que tinham direito.
Base aliada
Oito deputados integrantes de partidos da base aliada votaram a favor da continuidade do processo e, portanto, contra Temer.
São eles:
- Sergio Zveiter (PMDB-RJ) - relator do processo
- Marcos Rogério (DEM-RO)
- Laércio Oliveira (SD-SE)
- Betinho Gomes (PSDB-PE)
- Fábio Sousa (PSDB-GO)
- Jutahy Junior (PSDB-BA)
- Rocha (PSDB-AC)
- Silvio Torres (PSDB-SP)
PSB e PPS
O PSB, partido do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho
Filho, teve dois deputados que votaram contra o governo - Júlio Delgado
(MG) e Tadeu Alencar (PE).
Apesar de comandar uma pasta na Esplanada, o PSB declarou oposição ao
governo e o ministro decidiu contratriar a posição da sigla.
Já o PPS, que comanda o Ministério da Defesa, se declarou independente
diante da crise que atinge o governo Temer. Nesta quinta, o deputado
Rubens Bueno (PR) votou pela continuidade da denúncia.
Aprovação da denúncia no plenário
O parecer será aprovado se tiver o apoio de pelo menos dois terços do
total de 513 deputados, ou seja, 342 votos. Se isso acontecer, será
autorizada a instauração do processo no Poder Judiciário.
No passo seguinte, os 11 ministros do STF analisarão a denúncia e, se a
aceitarem, Temer se tornará réu e será afastado do mandato por até 180
dias.
O presidente só perderá o cargo definitivamente se for condenado pelo Supremo.
Durante o período de afastamento, assumirá o comando do país o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Se Temer for condenado pelo STF, Rodrigo Maia, à frente da Presidência
da República, terá de convocar eleições indiretas no prazo de um mês.
Segundo a Constituição, o novo presidente da República seria escolhido pelo voto de deputados e senadores.
Rejeição da denúncia no plenário
No caso de rejeição da denúncia pelo plenário da Câmara, o Supremo
ficará impedido de dar andamento à ação, que será suspensa, não
arquivada.
O processo poderá ser retomado somente após o fim do mandato do presidente.
Como votaram os deputados Pernambucanos
Betinho Gomes (PSDB-PE):
SimTadeu Alencar (PSB-PE): Sim
0 comentários:
Postar um comentário