O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves
(MG), do mandato de senador. O magistrado, no entanto, negou o pedido
apresentado da Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o
parlamentar tucano.
No despacho, conforme apurou a TV Globo, Fachin decidiu submeter ao
plenário do Supremo o pedido de prisão de Aécio solicitado pela PGR.
Endereços ligados ao parlamentar tucano também são alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro e em Brasília.
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Apartamento do senador Aécio Neves é alvo de busca e apreensão durante
operação da Lava Jato em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro (Foto:
Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O relator da Lava Jato determinou ainda que o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) seja afastado da Câmara.
Reportagem publicada nesta quarta (17) no site do jornal "O Globo"
revelou que o dono do frigorífico JBS Joesley Batista entregou à
Procuradoria Geral da República (PGR) uma gravação na qual Aécio pede ao
empresário R$ 2 milhões.
No áudio gravado por Joesley, com duração de cerca de 30 minutos, o
presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da
quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. O senador tucano é alvo de
seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados à Lava
Jato.
O G1
ainda não conseguiu contato nesta quinta-feira com a assessoria de
Aécio Neves. Na noite desta quarta, a assessoria de imprensa do
parlamentar mineiro afirmou que ele "está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".
O Senado informou à TV Globo que, até o momento, ainda não recebeu
oficialmente o mandado do ministro do Supremo que mandar afastar Aécio
do parlamento.
Além de afastar o senador do PSDB, Fachin expediu um um mandado de
prisão contra a irmã e assessora de Aécio, Andréa Neves. Segundo a TV
Globo apurou, um procurador da República foi preso e há mandados contra
pessoas ligadas ao deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha (PMDB-RJ).
No Rio, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em três
endereços: os apartamentos de Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair
Alves Pinto, conhecido por ser braço direito de Cunha.
O procurador da República Ângelo Goulart Villela, que atua no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), foi preso na manhã desta quinta pela Polícia
Federal. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na sede
da Corte eleitoral, em Brasília.
Fachin também expediu mandado de prisão contra o advogado Willer Tomaz, que é ligado a Eduardo Cunha.
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