
Um dos locais onde os policiais cumprem mandados é o Edifício Maria Beatriz, em Boa ViagemFoto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco
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PF cumpre mandados em Pernambuco em desdobramento da Lava Jato
Os investigadores se basearam em informações de delatores da Odebrecht. Neste caso, os pedidos não integram os 320 pedidos de providência feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF na semana passada. Foram medidas cautelares protocoladas ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, sem relação com o "pacote" entregue pela PGR.
As informações fornecidas pelos delatores podiam ser usadas desde 30 de janeiro, quando a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, homologou a delação da Odebrecht.
Alvos
Um dos mandados envolve a Confederal, empresa de vigilância e transporte de valores no Distrito Federal, é ligada a Eunício. Outro alvo é o empresário Mario Barbosa Beltrão, ligado a Costa. Em 2015, a Folha de S.Paulo publicou uma reportagem em que revelou que o senador petista recebeu R$ 60 mil de Beltrão. Segundo o parlamentar, ele é um amigo de infância que lhe concedeu "um empréstimo", informado por ambos à Receita Federal.
Beltrão foi citado na Lava Jato em depoimento do primeiro delator da Operação, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. Segundo o executivo, Beltrão solicitou R$ 1 milhão "para auxiliar na campanha de Humberto Costa" ao Senado, em 2010.
Paulo Roberto disse que repassou o pedido ao doleiro Alberto Youssef "para que fizesse a entrega, como de praxe" e que depois Beltrão "lhe confirmou que os recursos foram recebidos".
Para Brasília
O material apreendido será enviado para a PF em Brasília. A investigação ligada à ação deflagrada na manhã desta terça está em segredo de Justiça. A capital pernambucana já foi alvo da Lava Jato em agosto do ano passado, na 33ª fase.
Na época, suspeitas sobre a construtora Queiroz Galvão embasaram a ação. Havia indícios de que a construtora integrava um cartel para fraudar licitações da Petrobras, com o pagamento de propina a funcionários da estatal que se aproximariam de R$ 10 milhões.
A operação suspeitava de fraudes em contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, nas refinarias Abreu e Lima, Vale do Paraíba, Landulpho Alves e Duque de Caxias.
Folha PE
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